A dedicação profissional certamente pode propiciar às mulheres o sucesso na carreira, que por muitas vezes alivia a carga emocional gerada pelos fracassos no amor. Consigo reconhecer essa questão na trajetória da minha amiga, aliada ao fato de ela ter mergulhado “de cabeça” na relação com a única filha, provocando o excesso de dedicação que, como vimos, sufocam a sua essência além de também poder atrapalhar o desenvolvimento das habilidaes do outro.
É claro que é possível reverter esse quadro metafísico, pois como tudo na vida, quando nós nos colocamos em uma situação, só depende de nós sairmos dela. De acordo com Valcapelli & Gasparetto (Op Cit, idem), seria necessário o empenho da pessoa em desprender-se dos episódios nocivos em sua trajetória afetiva, buscando ainda expressar mais sua ternura e docilidade para com as pessoas queridas, uma vez que o bom nível de interatividade no relacionamento afetivo parece ser imprescindível para fortalecer as bases emocionais que suportam a mulher em sua felicidade e realização pessoal. Em seu “reflorescimento”, enfim.
Atentemos para os condicionamentos perniciosos em nossas vidas.
Quantas vezes a gente deixou de fazer algo que a nossa essência queria, só para agradar os outros? Ou quantas vezes a gente quis rejeitar algum convite e não o fez, só para não desagradar alguém?
Que tal experimentarmos ficar mais em contato com a nossa essência, não aceitando padrões sociais sem sentir se nos serão válidos e nos trarão bem-estar?
Seguindo esse senso interior, estaremos seguindo o verdadeiro bom senso ou o senso do bem. O que é bom para a nossa essência, por certo será um bem à essência do outro.
Refloresça, Daisy querida…
Foto: Bogdan Suditu