Quero declarar que eu sou fã de carteirinha do Luiz Gasparetto.
Sinto uma afinidade profunda com o jeito dele meio que “bocudo”, impaciente e, para mim, muito, mas muito engraçado mesmo. Rio com o Gaspa até!!!
Sabe o por quê? Porque ele diz “as verdades” na nossa cara, e quando eu me pego com alguma carapuça bem enfiada na cabeça, começo a rir de mim mesma, porque sei que ele me pegou.
Nesse momento estou ouvindo um áudio do programa de rádio do Gaspa em que ele fala sobre “pedir desculpas”.
Sabe, esse tema estava me incomodando um tanto nos últimos dias, porque tenho uma amiga que vive pedindo desculpas ou pedindo perdão, até mesmo antes de fazer alguma coisa! Isso me incomoda mesmo, porque toda vez em que ela se desculpa (por nada!) eu quero– e me ponho–a consolá-la, a dizer-lhe que está tudo bem, que ela é boa, excelente, que não fez nada, etc etc etc. No entanto, essa atitude me deixa muito desconfortável, como já disse, e quando algo me deixa com a pulga atrás da orelha, eu vou logo pesquisar o que meus “Mestres” ensinam.
Vou compartilhar com você o que aprendi com o Gasparetto sobre o ato de “pedir desculpas”.
Ah, já aviso que ele não foi nada “bonzinho” (como nunca é, porque não se compromete com “os outros”), mas adorei aprender. Espero que você aproveite também a “lição” do Mestre, afinal a gente vai se tornando o que gostaria de ser a partir do alinhamento da nossa vibração com outros mais evoluídos , não?
Gasparetto diz que a gente aprendeu, durante a nossa vida, várias coisas “erradas”, por exemplo: as pessoas acham que sentir “culpa” por alguma coisa é algo maravilhoso, muito nobre, e por isso se põem em toda situação a pedir des-culpas, ou seja, procuram desfazer-se da culpa que sentem (ou assumem) por determinada situação. Existem pessoas que carregam uma “culpa” a vida inteira, achando que sentí-la é uma característica da pessoa que é humilde ou temente a Deus, sabe como é?
Mentira!!
Para o Gasparetto, essa atitude é pura falácia, mesmo porque as pessoas, em geral, nem refletem sobre o significado do que é a “culpa” em si, na verdade elas só conseguem sentir a “culpa”, na maioria das vezes, como aquilo que aperta seu peito e lhes faz sofrer.
Mas o que ele quer ressaltar é que a “culpa” é a doença dos pretensiosos. A”culpa” nada mais é do que o nosso orgulho, pois só o orgulhoso, que é pretensioso, se acha culpado por alguma coisa.
Assim, culpa é pretensão.
Em toda cabeça da pessoa que se sente culpada passa algo como: você deveria ter feito aquilo; você deveria ter feito assim; você deveria ter sido melhor; você deveria ter pensado nos outros. Como se ela tivesse que ser um “modelo ideal” para alguém!
Ah! Tudo que se utiliza do verbo “deveria”, é pretensão, de acordo com o Gasparetto, porque se refere a uma ideia daquilo que é certo, ou seja, a um ideal. E é pretensão porque você não é um modelo de nada para ninguém. Você é o que é.
O ideal (que é apenas uma idéia, não existe em si) não leva em conta o limite de cada um, a verdade de cada um ou a história de cada um, uma vez que impõe um “dever”. E se alguém não cumprir com esse “dever”, será humilhado, massacrado perante todos, sem escolha: ou você atinge as expectativas perfeccionistas, ou os outros vão “judiar” de você.
Isso é o BEM? Claro que não, pois gera dor e machuca. E se existe a dor, então não é o BEM, é o MAL.
O prazer, o encaixe, as sensações boas lhe dizem que você acertou. Mas se sofreu, então É O MAL.Para você.
Tratar a si mesmo no “tapa” porque você se esqueceu de alguma coisa, por exemplo, não faz com que você desenvolva uma melhor memória, ou que tenha uma consciência maior, que progrida. Até porque a “culpa” faz com que a gente se sinta “inadequada”, diminuída, por não ter atingido determinada expectativa tida como “ideal”. Então a gente se torna um “bicho meio estranho”, alguém “menor”.
Mas é muito fácil descartar-se dessas “culpas”, segundo o Gasparetto: basta você se enxergar e tomar consciência de que culpa é pretensão, pura vaidade e orgulho.
É dizer pra si mesmo –quando vem a “vozinha” interior que lhe diz que você não poderia ter esquecido–Posso sim! Posso esquecer, tanto posso que esqueci!!!
E dizer para si –quando a “vozinha” lhe diz que você não poderia ter feito aquilo–Poderia sim! Eu fiz de acordo com o que eu pensava na época! Talvez hoje eu o fizesse diferente, mas eu o fiz sim! Poderia ter feito, porque eu sou eu, e fiz o meu melhor, fiz o que sabia!!
Vamos assumir nossa verdade! Quando assumimos as coisas que fazemos, e que obviamente são diferentes do que é imposto por qualquer “ideal”, estamos sendo modestos, estamos nos vendo de acordo com o que somos verdadeiramente, e não segundo os “padrões” tais quais deveríamos ser.
Modesto é aquele que aceita a verdade de si.
Se algum aspecto do que se é verdadeiramente trouxer prejuízo, poderemos sempre buscar melhorar, para que fiquemos no nosso BEM; mas não às custas da “culpa”.
Vamos ser nosso próprio dono.Vamos repetir sempre que necessário: eu não me permito sentir culpa por nada nada!Acabei com essa pretensão. Se eu fiz eu fiz, e vou bancar qualquer consequênica negativa, porque eu fiz o que eu sabia.Eu não preciso ser a lindona, eu já sou muito bacana do jeito que sou.
Pois o Gasparetto afirma sim que nunca pede desculpas porque não põe maldade nas coisas que faz ou pensa. Se fala alguma coisa e uma pessoa se ofende, a responsabilidade é dela, pois ela é que se tornou “ofendível”, não foi maldade alguma dele já que não teve a intenção de ofender.
E se por acaso há alguma intenção de ofender, podemos “bancar” nossa atitude ou assumir o que fizemos, sem medo, pois as pessoas são o que são.
Estamos na vida para ouvir de tudo: o que presta e o que não presta para nós, e podemos selecionar o que é BOM e ficar com ele. Precisamos aprender a ouvir de tudo.
As pessoas gostam de jogar a culpa nos outros, e quem é “culpável” a assume.
Já fui muito “culpável”, hoje sou o que sou,simplesmente deixei de lado a pretensão dos outros para que eu seja assim ou assado. Pois ninguém me conhece verdadeiramente além de mim.
Flávia Criss.
Foto: Scottfeldstein
Obrigada pela referência, Vanessa! Desejo tudo de bom para você!
Beijos!
Concordo plenamente , já senti muita culpa hoje penso de outra maneira e me liberto.
Ah, a gente vai aprendendo, né?
Obrigada pelo comentário, Mônica!
Beijos:-)
Bom dia, sem querer acessei seu blog rssss, “coincidencia” rsss, muito bom que vc pense assim, aprendermos é muito bom. Forte Abraço. Wagner
Muito bom ! Entendo perfeitamente seu aprendizado com o Gaspa. É útil e divertido ! Já fui muito infeliz carregando culpas e culpas sem fim. Com a maturidade pude aprender que a culpa não serve para absolutamente NADA. Aliás, só atrapalha. É um peso morto…Agora, me sinto mais feliz e livre, apesar do longo e belo aprendizado infinito que está por vir ! Um beijos
Muito bom. O Gaspa é fantástico. Sim, liberdade. E essa libertação começa quando tomamos a consciência de que qualquer tipo de opressão só serve pra colocar a gente pra baixo. E a culpa, sem dúvidas é uma delas. Abraços.
Sentir culpa é uma coisa, ser honesto qnd erra e reconhecer é outra, ngm gosta de ter gente errando com vc sem ser capaz de reconhecer isso, equilíbrio é tudo, se magoou,feriu,ofendeu, se desculpe sim, culpa de ter sido mal educado,desamoroso e prepotente. Agora se a pessoa so se sente culpado, deve analisar o histórico, pode ser alguém depressivo, com baixa alta estima e problemas no amor próprio. Por favor,ngm conhece por completo seu próprio EU essa é a maior luta do ser humano. E criar uma ideia nessa geração de q desculpa é pretencioso, pra min é dar margem a criar errantes passivos e incorrigíveis, gosto do Gaspa, mas dessa vez achei incoerente.