Os Efeitos da Meditação Sobre os Hormônios

O corpo humano é uma máquina extremamente eficiente que é alimentada por diversas substâncias e autorizada a operar por meio de sistemas complexos destinados a fins específicos.

Nosso corpo tem a capacidade de crescer, reparar os danos, se defender de possíveis infecções e manter o funcionamento normal de todos os seus sistemas. No entanto, os hormônios desempenham um papel fundamental na regulação do corpo humano.

A meditação já foi considerada como sendo uma forma de medicina alternativa e complementar. Muitas instituições de saúde têm reconhecido o seu potencial para tratar doenças físicas e mentais e atualmente as investigações sobre a possibilidade terapêutica de cura através da meditação estão em pleno andamento. Cada vez mais resultados de pesquisas nesse sentido são  trazidos a público nos últimos anos.

A meditação foi bem aceita em relação aos seus efeitos benéficos para os pacientes com doenças cardiovasculares. Pacientes com níveis elevados de colesterol e pressão arterial foram avaliados a partir do teste de vários métodos de meditação e os resultados foram promissores. No campo da medicina respiratória, a meditação tem ajudado no tratamento de pacientes com asma, além dos conhecidos benefícios aplicados às áreas  da psicologia e do comportamento, em que sua prática demonstrou excelentes resultados no alívio dos sintomas do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), doença de Alzheimer, fobias, traumas e depressão.

Muitas das explicações sobre a razão pela qual a meditação é bem sucedida no tratamento de pacientes baseiam-se em seus efeitos nos níveis dos hormônios, pois são eles os determinantes de muitos processos fisiológicos. Recentemente, os cientistas tentaram quantificar os níveis hormonais em pessoas que meditam e compará-los às que não o fazem.

A título de exemplo, consideremos o hormônio cortisol, que na medicina é vulgarmente conhecido como o “hormônio do estresse”. Altos níveis desse hormônio no sangue podem ser ativados por diversos fatores, incluindo doenças cardiovasculares e dietas. Quando os níveis de cortisol sobem, a pessoa manifesta os sintomas de estresse, que são cansaço, falta de sono, perda de peso repentina, e em muitos casos, depressão. Nesse sentido, a prática da meditação propiciou a presença de níveis mais baixos de cortisol no sangue, permitindo que os pacientes ficassem mais descontraídos e aptos a pensar com mais clareza.

Outro hormônio minuciosamente investigado foi a melatonina, que é o principal responsável por manter o relógio biológico do corpo humano em funcionamento. Se houver níveis baixos de melatonina, a pessoa perde o controle dos ritmos normais do corpo associados ao tempo, como por exemplo, os períodos de sono. Tratamentos baseados em melatonina muitas vezes são administrados a pacientes com insônia e outros distúrbios do sono, no entanto descobriu-se que a meditação ajuda a aumentar os níveis desse hormônio no sangue, de forma os pacientes se tornam capazes de relaxar  e sentir mais sono.

Certas práticas de ioga ou meditação utilizam-se de técnicas específicas que visam a maior produção de hormônios, como a testosterona, por exemplo, que é responsável pelo funcionamento sexual e reprodutivo dos machos. Existem vários tipos de meditação que permitem o aumento dos níveis desse hormônio, contrubuindo ainda para a vitalidade e longevidade dos homens.

A serotonina é também outro hormônio importante, pois controla o comportamento e pode influenciar o humor de uma pessoa. A meditação tem sido usada para regular os níveis de serotonina no organismo, sendo seus baixos níveis responsáveis pelos estados de depressão, enxaqueca e insônia.

Fonte do artigo: Effects of Meditation on the Body’s Hormones, por Ace Smith.

Tradução minha, Flávia Criss, em Mar/2010.

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