Nossos dias são contados. Neste exato momento, milhares de pessoas vêm ao mundo, algumas fadadas a viver apenas alguns dias ou semanas, para depois sucumbirem tragicamente com alguma doença ou outra desgraça. Outras estão destinadas a abrir caminho até a marca dos cem anos, talvez até a ultrapassá-la um pouco e a provar
cada sabor que a vida tem a oferecer: a vitória, o desespero, a alegria, o ódio e o amor. Nunca sabemos. Quer vivamos um dia, quer um século, sempre resta uma pergunta crucial: qual é o propósito da vida? O que confere sig-
nificado à nossa vida?
O propósito da nossa existência é buscar a felicidade.
Parece senso comum, e pensadores ocidentais como Aristóteles e William James já concordaram com a idéia. No entanto, será que uma vida baseada na busca da felicidade pessoal não seria, em si, egocêntrica, até mesmo comodista? Não necessariamente.
Na realidade, inúmeras pesquisas revelaram que são as pessoas infelizes que costumam ser mais centradas em si mesmas e que, em termos sociais, com freqüência são retraídas, ensimesmadas e até mesmo hostis. Já as pessoas felizes são em geral consideradas mais sociáveis, flexíveis, criativas e capazes de suportar as frustrações diárias com maior facilidade do que as infelizes. E, o que é mais importante, considera-se que sejam mais amorosas e dispostas ao perdão do que as infelizes.
Pesquisadores desenvolveram algumas experiências interessantes que revelaram que as pessoas felizes demonstram um certo tipo de abertura, uma disposição a estender a mão e ajudar os outros. Eles conseguiram, por exemplo,
induzir um estado de espírito de felicidade numa pessoa que se submeteu ao teste, criando uma situação em que ela inesperadamente encontrava dinheiro numa cabine telefônica. Fingindo ser um desconhecido, um dos participantes da experiência passou então por ali e deixou cair “acidentalmente” uma pilha de papéis. Os pesquisadores queriam saber se o sujeito da experiência pararia para ajudar o desconhecido.
Em outra situação, levantou-se o ânimo dos sujeitos da experiência ao colocá-los para ouvir um disco de piadas e depois eles foram abordados por alguém que passava por necessidade (também de conluio com os pesquisadores) e queria dinheiro emprestado. Os pesquisadores concluíram que os sujeitos da experiência que estavam se sentindo
felizes tinham maior probabilidade de ajudar alguém ou de emprestar dinheiro do que indivíduos que faziam parte de um “grupo de controle” a quem era apresentada a mesma oportunidade de ajudar, mas cujo estado de espírito não havia sido estimulado com antecedência.
Embora esses tipos de experiência contradigam a noção de que a procura e a realização da felicidade pessoal de algum modo levam ao egoísmo e ao ensimesmamento, todos nós podemos conduzir nossa própria experiência no laboratório do nosso próprio dia-a-dia.
Suponhamos, por exemplo, que estejamos parados num congestionamento. Depois de vinte minutos, o trânsito volta a fluir, ainda a uma velocidade muito baixa. Vemos alguém em outro carro fazendo sinais de que quer passar para nossa faixa à nossa frente. Se estivermos de bem com a vida, é maior a probabilidade de reduzirmos a velocidade para deixar a pessoa entrar. Se estivermos nos sentindo péssimos, nossa reação pode ser simplesmente a de aumentar a velocidade e fechar o espaço. “Ora, se eu estou aqui parado esperando todo esse tempo, por que os outros não podem esperar?”
Partimos, então, da premissa básica de que o propósito da nossa vida é a busca da felicidade. É uma visão da felicidade como um objetivo verdadeiro, um objetivo para a realização em direção ao qual podemos dar passos positivos. E à medida que começarmos a identificar os fatores que nos levam a uma vida mais feliz, estaremos aprendendo como a busca da felicidade oferece benefícios não só ao indivíduo, mas à família do indivíduo e também à sociedade como um todo.
Dalai Lama e Howard C Cutler, A ARTE DA FELICIDADE, Um manual para a vida. Ed Martins Fontes p 18.
AO LER ESTE ARTIGO NESTA MANHÃ,SENTI UMA NOVA DIREÇÃO QUE TERIA PERDIDO ESTE RUMO.ATRAVÉS DESTAS ATITUDES,VOLTO AO CAMINHO ENCONTREI-ME.CERTAMENTE RESGATRI MEU EQUILÍBRIO. QUE LINDO….LER…SENTIR E VOLTAR PARA A GAIA. OBRIGADA. ROSINHA.
Que bom, Rosinha, fico muito feliz em ler isso! Muuuito feliz mesmo!Boa sorte no seu re-encontro, fico feliz em ter uma partipaçãozinha nisso…
Um beijão,
Flávia