Quero que você considere a possibilidade de que a sua chegada aqui na Terra nesse tempo não é um acidente, não é uma coincidência, nem é um acontecimento ou acaso. Você está aqui agora com um propósito. E você está
pronto, agora, para viver a sua vida com propósito.
Você está escolhendo agora que ela tenha um propósito – ou não estaria lendo este livro. Você é PARTE DA TRANSFORMAÇÃO, e sabe exatamente o que isso significa, o que vai fazer com o que você seja, o que faça, o que tenha e o significado para o planeta, para nossos filhos e para os filhos de nossos filhos.
Neste momento, você está apenas procurando duas coisas: colaboração e direção coletiva. Você quer pessoas com as quais possa colaborar, pois sabe muito bem que este não é o momento de tentar “caminhar sozinho”, e quer ver todos caminharmos na mesma direção, de modo que não giremos nossa roda e gastemos nossa energia de forma a não produzirmos nada substancial.
Então, você veio para cá. Aqui, entre outros lugares. Usando este, entre outros recursos. E é bom que tenha feito isso, pois muitos outros estão fazendo o mesmo agora. Antes que acabe este livro, poderão ser milhares. Na verdade, espero que sejam.
Assim, aqui estamos juntos, você e eu. Aqui estamos nós, com todos os outros. Então, vamos ver juntos o que podemos fazer, agora, de maneira prática, para nos experienciarmos, para nos manifestarmos como parte da transformação.
Eis algumas idéias que tenho sobre o assunto. Eis dez coisas que eu acredito que possamos ser, fazer e ter, de modo a nos tornarmos a mudança que desejamos ver:
1. Apresentarmo-nos uns aos outros
2. Concordarmos uns com os outros
3. Alinharmo-nos uns com os outros
4. Pararmos de nos separar de Deus
5. Começarmos a viver as verdades que dizemos acreditar
6. Comprometermo-nos a ser conhecidos, comprometermo-nos a ser
livres
7. Comprometermo-nos a ser líderes e esquecermo-nos do resultado
8. Lidarmos com o desapontamento e redefinirmos o fracasso
9. Realizarmos, praticarmos, continuarmos
10. Nunca aceitarmos o não como resposta
Tudo isso é fácil. Tudo isso é possível. E tudo pretende produzir um simples resultado: MUDAR A IDÉIA DA HUMANIDADE SOBRE SI MESMA.
Essa é a meta. Essa é a intenção. Esse é o resultado possível. É a única questão que realmente existe.
Quando eu era criança, meu pai costumava me fazer a mesma pergunta repetidamente. Eu a ouvia com tanta frequência que ainda ouço até hoje sua voz “buzinando” em meu ouvido. Várias vezes, desde que eu tinha cinco ou seis anos e até meus dezesseis (acho que depois disso ele simplesmente desistiu), meu pai continuava me perguntar: Quem você pensa que é, afinal…?
É claro que isso não era um interrogatório. Na verdade, meu pai estava tentando me fazer parar de agir do jeito que eu fazia.
Agora temos uma oportunidade de fazer outras pessoas – em todo o mundo – pararem de agir do jeito que estão agindo, ao perguntarmos a mesma coisa: Quem vocês pensam que são, afinal…?
Essa é a única pergunta que existe. Não há mais nada para perguntar. E uma vez respondida, uma vez que tivermos dado a ela uma resposta mais elevada, teremos mudado o mundo.
Qual é “a resposta mais elevada”? É — para usar a linguagem de Conversando com Deus — a versão mais elevada da maior visão que já tivemos sobre o que somos.
É a nossa idéia mais elevada sobre nós mesmos: a maior noção que pudermos imaginar.
Surpreendentemente, poucas pessoas pensam nisso. Raramente se pensa nisso como sendo algo que se relaciona a cada um de nós e nunca se pensa nisso como sendo algo relacionado à humanidade em geral.
Pergunte-se, agora mesmo, qual é a versão mais elevada da maior visão que você já teve sobre si mesmo? Ao menos tem uma visão sobre quem você é? Se tem, é minoria. Se não tem, por quê não cria tal visão?
Você é uma pessoa que transforma o mundo? (a propósito, mudar o mundo relaciona-se com mudar o mundo ao seu redor. Se “mudar o mundo” parece um trabalho muito difícil para você, pense nisso como “mudar a experiência, a compreensão e a percepção das pessoas ao seu redor – as pessoas cuja vida você toca”. Isso você pode fazer, não? É claro que pode. E ao fazer isso, você muda o mundo. Porque toda mudança para melhor que você produzir na vida de outrem é passada para outras pessoas cujas vidas são tocadas e então, propaga-se através desses outros para mais pessoas.Você acredita nisso? Eu garanto que é verdade. Todas as pessoas que mudaram o mundo partiram de alguma outra pessoa!)
Então, você é uma pessoa que transforma o mundo? Ótimo. Nesse sentido, o que lhe “parece” ser a versão mais elevada disso? O que seria progredir para o próximo nível dessa experiência?
É sobre isso que falamos aqui. Nosso mundo mudará quando as pessoas mudarem sua idéia sobre ele. As pessoas de nosso planeta mudarão quando mudarem suas idéias elas! É simples assim.
Nós temos que nos perguntar, olhando no espelho, Quem você pensa que é, afinal…?
Assim, quando tivermos decidido, quando tivermos criado a imagem da nossa versão mais elevada, poderemos trilhar os dez passos simples descritos aqui e teremos assumido nosso papel como facilitadores espirituais.
É isso o que a vida está buscando neste momento: facilitadores espirituais, já claramente declarado em As Novas Revelações, em O Deus do Amanhã e em O que Deus Quer, ou seja: nosso mundo está enfrentando um dilema espiritual de primeira ordem.
Eu não quero tomar muito espaço neste livro repetindo o que foi dito antes em CcD, mas permita-me, por favor, repetir um ponto pois é de importância vital que o compreendamos porque a partir dele se prepara o palco para tudo o que se desenrola neste livro.
A humanidade tentou, por séculos, resolver seus problemas em muitos níveis, mas não abordou os problemas, e continua a fazer isso até hoje.
Como é dito no livro O que Deus Quer…, nós encaramos nossos problemas como se fossem problemas políticos, abertos a soluções políticas. Falamos deles, promovemos debates sobre eles, tomamos decisões a respeito deles. Quando nada muda, procuramos resolver os problemas por meios econômicos. Injetamos dinheiro ou retiramos dinheiro por meio de multas. Quando isso falha, dizemos, aha, esse problema é dos militares e o resolveremos pela força. Então, jogamos bombas. Isso também nunca funciona. Se é solução a longo prazo o que todo mundo procura, será que entenderemos isso?
Não. Apenas recomeçaremos todo o ciclo. A razão de continuarmos correndo sem chegar a lugar nenhum, como um rato na roda, é que ninguém ousa olhar a causa da condição atual a qual parecemos fadados a fazer perdurar. Talvez não saibamos realmente ou temos medo de admitir que o nosso maior problema hoje não é um problema político, não seja um problema econômico ou militar.
O problema que a humanidade enfrenta hoje é um problema espiritual.
Tendo uma vez compreendido isso,a solução torna-se óbvia, mas até que seja compreendida, foge a todos.
As pessoas acreditam que é isso o que cria seus comportamentos. Portanto, a nível da crença e não a nível comportamental é que se pode modificar um comportamento, efetivamente.
Durante décadas demos palestras a grupos da área de psicologia sobre a possibilidade de modificação do comportamento, mas devíamos ter abordado a possibilidade de modificação das crenças.
Se pretendemos mudar as coisas em nosso planeta, deveremos todos nos tornar facilitadores espirituais, a maioria já concorda com isso. A questão é, como fazer isso?
Bem, eis os dez passos que poderão nos conduzir nessa tarefa. São simples, mas poderão não ser tão fáceis quanto se imagina, pois depende realmente da veracidade do seu desejo de chegar até onde você diz que deseja ir.
Será requisitado que você, nesses passos, rearranje totalmente seu pensamento.
Você será convidado a alterar suas percepções anteriores sobre muitas coisas.
Você será solicitado a ler, ler, ler, pois este será um pequeno curso de transformação. Você vai ser até convidado a explorar alguns programas de crescimento pessoal e atividades que possam mudar a sua vida.
Assim, esses dez passos são excitantes. Alguns são inesperados. Todos são transformadores.
Neale Donald Walsh, Parte da Transformação: seu papel como facilitador espiritual. pp 4, 5, 6. Trad. Sandrinha Barroca. Revisão de Flávia Criss, Abr/2010. (não publicada)