Por mais egoísta que isso possa parecer, nós viemos parar neste planeta abençoado com uma só intenção: encontrar formas de nos sentirmos bem quase sempre, e não apenas às vezes.
Essa intenção única – sentirmo-nos bem – está gravada em cada um de nós, e se lhe prestarmos atenção passaremos a dispor de um “mapa do tesouro” pessoal para a felicidade. Eis a razão:
Quando estamos a ter pensamentos bons, quaisquer que sejam, isso significa que estamos em sintonia com a nossa intenção original – sentirmo-nos bem, felizes e vibrarmos bem alto.
Significa que estamos no caminho certo, em direção a algo que queríamos há muito tempo ou a alguma coisa que desejamos há pouco. Seja o que for, saber que isso está a caminho vai nos tornar felizes. Estamos no caminho certo para algo que acreditamos que irá melhorar a nossa vida, logo fazer subir as frequências, logo levar-nos mais perto do nosso estado natural, o que constitui o nosso grande desafio neste mundo.
Então, eis a chave: a intenção original manifesta-se sempre como desejo…desejar qualquer coisa que mantenha viva a nossa paixão, seja um novo Ferrari vermelho ou o desejo de viver em harmonia com todas as formas de vida. Pode manifestar-se como um desejo súbito de limpar a garagem, de aprender dança tradicional do Oeste, ou de gerir uma loja de ferragens à moda antiga na cidade. Ou poderá ser um desejo antigo de viver junto à praia, ou de aprender
tocar piano. Seja o que for, é um desejo, algo que queremos.
O que torna tão complicados os nossos desejos são os percalços que temos por causa deles,pois, dependendo da natureza do desejo, a sociedade tende a nos chamar de egoístas quando os perseguimos. Contudo, se estivermos mesmo a seguir esses impulsos interiores que nos farão felizes simplesmente por acreditarmos neles, estaremos a seguir nossa intenção original: a de nos divertirmos enquanto aqui estamos e de aprendermos o que quer que seja que estamos aqui para aprender, vibrando alegria, e não agonia. Dificilmente se pode chamar isso de egoísmo.
Mas a pressão da sociedade é impiedosa, fazendo com que todos nós sucumbamos frequentemente às nossas “obrigações” ao transportar-nos na direção oposta à dos nossos desejos criadores de felicidade. Agora estamos fora da rota, o que, tristemente, é a situação em que a vida da maioria de nós se encontra quase sempre. Desviamo-nos da nossa intenção original ao vibrarmos na frequência baixa de coisas baseadas no medo e na consciência social.
Ainda que essa frequência possa não nos fazer sentir muito mal, certamente não vamos ficar a pular de alegria. Isso não seria possível; uma frequencia põe-nos embaixo (a consciência social) e a outra põe-nos em cima (a intenção original). Nunca se misturarão.
Por isso, se continuarmos fora de rota, erguendo barreiras à nossa alegria, obrigando-nos a sermos altruístas, privando-nos da nossa intenção original, passaremos a fazer parte da vasta multidão que, ordeiramente, segue as detestadas frequências baixas das obrigações em vez de seguir a alegria das suas frequências altas.
Engraçado será perceber que os resultados do fluxo implacável deste tipo de energia no nosso planeta não são bonitos de observar.
Bandeira Vermelha / Bandeira Verde
Voltemos à vontade de comprar um carro novo. Imagine que o carro que tem agora está em bastante bom estado e que por isso não tem necessidade urgente de comprar carro, apenas um desejo profundo. Na verdade, desde que se lembra, sempre teve uma paixão por um vistoso conversível vermelho com pneus radiais. (ainda que viva no Alasca e não suporte o vermelho, entre no jogo comigo).
Mas o que aconteceu com o seu carro? Você tem esse desejo há uma eternidade. Pensou e repensou no assunto durante anos e anos, então porque não o tem estacionado na garagem?
Eis a razão: Um belo dia, você segue tranquilamente na auto-estrada, e lá está ele, o carro dos seus
sonhos, mesmo à sua frente. Você geme de inveja porque acha que não tem dinheiro que chegue. A ânsia tem inicio. Você olha para o carro com olhos saudosos e abana a cabeça num “ah, que bom seria” desencorajador. Em vez de ficar todo animado por ver o carro dos seus sonhos, você senter-se afundar e, ao mesmo tempo, tem aquela reação impulsiva de pensar: “Oh, que se dane”.
É precisamente por isso que ele não está estacionado na sua garagem.
Você está concentrado na falta do carro em vez de se concentrar na alegria de o ter. Está a enviar uma quantidade tal de vibrações negativas por se sentir mal, que o seu Eu Expandido agita bandeiras vermelhas e grita-lhe: “Ei, amigo, sentes-te mal humorado porque estás concentrado no fato de não teres o carro. Continua a pensar assim e podes ter a certeza que vais ter mais do mesmo, bastante mais “carro nenhum”. Se o desejas mesmo, começa a sentir-te bem quando pensas nele, depois vê o que acontece.
Acaba de lhe ser mostrado um aviso de bandeira vermelha, sob a forma de um sentimento sombrio chamado emoção negativa. O aviso diz-lhe que está concentrado em algo que não quer — a falta do carro — tudo porque você acha que não tem dinheiro suficiente para comprá-lo.
O sentimento negativo é uma bandeira vermelha, um aviso para que perceba a forma como a energia está a fluir de si (a forma como está a pensar e a sentir o assunto) que é a garantia de nunca vai ter o carro. Assim, tudo o que você tem de fazer agora é mudar a forma como pensa e sente o carro (o seu desejo) e ele será seu.
Nós libertamos diariamente uma espécie de energia deprimida, razão porque conseguimos tão pouco daquilo que desejamos. Vemos algo que quisemos toda a vida (que pode ser qualquer coisa, de um dispendioso carro vermelho à compreensão de física quântica) e da nossa posição de carência — significando que não o temos e não temos bem certeza se o vamos conseguir algum dia –- a nossa atenção e sentimentos estão centrados no que não temos. Por isso, não vamos magnetizar outra coisa – apenas mais “não ter”. A lei da física nunca muda: nós obtemos aquilo em que estamos concentrados.
Agoniar, angustiarmo-nos, ansiar, até mesmo esperar por alguma coisa não são atividades em que estejamos concentrados no que queremos. São apenas pensamentos negativos que vibram a partir de um lugar de desencorajamento, um lugar de carência nascido da crença negativa de que provavelmente não vamos conseguir o que queremos. E, libertando esse tipo de sentimentos, não conseguimos mesmo.
Nós obtemos aquilo em que estamos concentrados; se nos concentrarmos na falta de alguma coisa, é isso que obteremos, porque há uma correspondencia exata entre o que o Universo nos
dá, a cada momento de cada dia, e a forma como estamos a vibrar.
Tudo se resume ao seguinte: se não nos sentimos bem quando pensamos em alguma coisa, libertamos em determinado grau emoções negativas, uma bandeira vermelha a avisar-nos para prestar atenção ao que estamos a enviar.
No nosso exemplo divertido do carro vermelho, se o que se sente quando pensa nele não dá nenhuma espécie de elevação emocional, nenhuma excitação das que fazem sentir-se excitado ou nenhuma agitação agradável, um calor difuso, um ímpeto, ou qualquer outro tipo de alegria sob qualquer forma, então é porque você está a sentir e a projetar exatamente o oposto: vibrações negativas por não ter o carro.
Se nos concentrarmos na falta de uma coisa, nunca conseguiremos atrair o oposto. Para atrair aquilo que desejamos para nossa vida, temos de mudar o foco da nossa concentração, o que mudará nossos sentimentos, o que mudará nossas vibrações.
Obter o Carro
Muito bem, vamos por ordem nesta confusão para que o carro vermelho possa ser seu.
Voltemos à formula original:
1. Identifique o que NÃO quer. (Deixe de pensar que não tem o carro vermelho).
2. Identifique o que realmente QUER. (É fácil).
3. Sinta a partir do lugar daquilo que quer. (É aí que estamos agora). Depois,
4. Espere, escute, e permita que aconteça.
Agora, em vez de ansiar ou suspirar pelo carro quando o vê ou pensa nele — o que, de qualquer das maneiras, só o faz sentir-se pior — comece a apreciar aquela beleza. Aprecie o seu desenho, os pneus, o interior, a velocidade, o charme. Isso vai certamente faze-lo sentir-se e vibrar bem mais depressa e mais alto do que ao concentrar-se na sua falta.
E apenas a vibração alta porá isso em marcha, nunca a baixa.
Enquanto se deleita com o orgulho da aquisição que está prestes a fazer e absorve mentalmente os opulentos cheiros do carro novo, os acabamentos perfeitos e a aparelhagem sonora do outro mundo, todas as vibrações magnéticas que vão crescendo dentro de si são absolutamente positivas, e isto significa que você está a enviar um poderoso novo sinal que está a criar uma via desobstruída para que o desejo seja atraído ao seu mundo.
Na realidade, com todas as vibrações altas que está a enviar, você torna-se um verdadeiro ímã ambulante de frequências altas, sentindo-se mesmo, mesmo bem, agitando bandeiras verdes e bem-estar ao seu redor. Os seus sentimentos estão em concordância com a intenção original de se divertir. Parou de atrair mais daquilo que não quer e está agora a atrair consideravelmente mais daquilo que quer… (esqueça a forma como vai pagar o carro, não é tarefa sua descobrir).
Desde que pare de se concentrar no fato de ainda não o ter estacionado na sua garagem, o seu vistoso sonhozinho vermelho está seguramente a caminho.
Os sentimentos negativos, que vêm de pensamentos como “não ter”, “não poder ter”, ou “nunca vir a ter”, não estão pura e simplesmente em concordância com a sua intenção original (tal como não estão os seus “tenho de”). É extremamente simples: projete sentimentos sombrios, e obterá circunstâncias sombrias de volta.
Se, por outro lado, se permitir entusiasmar-se com o carro dos seus sonhos, e insistir para consigo próprio que as coisas estão agora em vias de dar uma reviravolta — mesmo que o que tem perante si lhe indique o contrario –, então esses pensamentos positivos acabarão por magnetizar os seus desejos.
Tem de ser. É a fisica do Universo.
Lembre-se, é a forma de sentiiiiiir que conta, não apenas os pensamentos. São os sentimeeeentos que criam o magnetismo e a vibração nas ondas que enviamos.
São os sentimentos, os sentimentos… Que têm origem nos nossos pensamentos!
Lynn Grabhorn, Com licença, sua vida está esperando. p. 15. Tradução de João Francisco Carvalhais. Revisão de Flávia Criss, Mai/2010.