Nunca, Nunca Enfrente a Realidade

Dada  a  forma  como  fomos  educados,  e  devido  a  comportamentos  transmitidos  ao  longo  de inúmeras  gerações,  nós  acreditamos  que  o  que  vemos  no momento,  e  o  que  sentimos  no momento, é a forma como as coisas terão de ser até encontrarmos forma de as erradicar, ou até as aceitarmos. Se o estamos a ver, se não há dúvida de que estamos a sentir,  isso para nós é a realidade. E, no entanto, a realidade – a verdadeira realidade – é apenas o resultado da forma como fluímos nossa energia.

Imagine, por exemplo, que habita um corpo de que não gosta muito. Chama a isso realidade,que é o mesmo que dizer aquilo que é imutável e tem de ser aceito.

Ou imagine que atravessa neste momento um declínio na economia que está a afetar os seus rendimentos. Chama a  isso  realidade, uma condição potencialmente desastrosa sobre a qual você não tem controle.

“É a vida; tens de aceitar!”
“As coisas são assim mesmo”.
“Não podes enfrentar a Câmara.”
“Pára de bater com a cabeça na parede.”
“São as voltas que o mundo dá.”
“Aprende a aceitar a vida como ela é.”
“Todas as vidas são atingidas por uma desgraça.”
“Tira a cabeça das nuvens”.
“A vida não é justa.”
“Ganha juízo e enfrenta a realidade.”

Eis as boas novas: nós não  temos de  fazer  frente a nada, nem de suportar seja  lá o que for.
Tudo o que  temos de  fazer é aprender a  fluir nossa energia de outra maneira, pois nadanada – afeta a nossa experiência a não ser o modo como fluímos energia. NADA!!!

Há  coisas  na  vida,  as  que  nos  são  agradáveis,  em  relação  às  quais  a  nossa  válvula  está naturalmente aberta. Uma vez que essas condições nos satisfazem, a nossa energia positiva atrai mais coisas positivas.

Mas  quando  olhamos  para  as  condições  negativas  predominantes  (os  problemas)  que  nos rodeiam,  as  nossas  válvulas  fecham-se  completamente.  A  ligação  à  nossa  energia  original torna-se quase  insuficiente para nos manter a  respirar, e  seríamos  incapazes de  reconhecer uma  vibração  de  alegria mesmo  que  ela  esbarrasse  contra  nós. Estamos  incomodados  com isso, exaltados com aquilo, preocupados com eles, interrogando-nos sobre como corrigir  isto, queixando-nos daquilo, com medo de sabe Deus o quê, deprimidos com tudo e, o tempo todo,
a  vibrar  uma  corrente  de  energia  negativa  de  tal  forma  intensa  que  é  surpreendente  que tenhamos um único momento de alegria.

O  simples  fato  de  estar  a  viver  a  “realidade” de  um mercado  sem  oferta  de  empregos não significa que você não possa atrair um emprego fenomenal.

O simples fato de que as casas não estarem a vender não significa que você não vai atrair um comprador idôneo e entusiasmado.

O simples fato de o seu corpo não ser tão forte quanto outros não significa que você não possa atrair a força suficiente para ganhar uma corrida de 400 metros.

O simples  fato de não ter experiência naquele mercado não significa que você não possa ser bem sucedido nele.

O simples fato de nunca ter sido capaz de deixar de fumar não significa que você não consiga atrair a força de vontade para parar imediatamente.

O simples fato de você se ter divorciado duas vezes não significa que esteja condenado a atrair outra catástrofe.

Qualquer  que  seja  a  trapalhada  –  ou  felicidade  –  que  estejamos  a  viver  neste  preciso momento,  seja  enquanto  indivíduos,  família,  nação  ou  planeta,  essa  trapalhada  é  única  e diretamente o resultado de como nos sentimos – e fluímos energia – ontem, no dia anterior, e nos  anos  anteriores.

A  Lei  da  Atração  não  atua  um  bocadinho  aqui  e  outro  ali.  Ela  pura  e simplesmente existe: para você, para mim, para o cosmos. Nós atraímos magneticamente o que vibramos, e fomos nós quem criou tudo, das batidas às guerras globais.

Por  isso,  a  partir  desse  momento,  nunca  mais aceite  a  realidade  como  sendo algo  a  que  tem  de  se resignar.

Leve os seus pensamentos para além do que está à frente do seu nariz e de que não gosta, e concentre-os naquilo de que gosta. Se não o  fizer, a sua chamada  realidade nunca mudará. É certo que pode haver coisas bem terríveis a fitá-lo nos olhos neste momento, ou a ameaçá-lo, ou a parecer uma situação sem remédio, mas elas não são feitas de pedra! Nunca devem ser toleradas com relutância.

A realidade desagradável não passa de um efeito causado pelo fluir de energia negativa.

Nós podemos viver com esses efeitos e sofrer, ou então contorná-los e divertimo-nos à beça.

Truques para Mudar a Concentração

Nunca  mergulhou  de  um trampolim alto quando  criança?

Recorda-se  da  primeira  vez  que  foi subindo…  E  subindo  mais…  E  mais?  Cada  degrau  parecia  levá-lo  para  mais  longe  da segurança, mas apesar de estar com medo você não se detinha.

Por  fim,  você  atingia  o  cimo  das  escadas. Caminhava  com  passos  trêmulos  até  à  borda  da prancha. O seu coração batia  tão  forte que você quase não ouvia as crianças  lá  em baixo, a gritar  incentivos.  A  água  parecia  estar  a  dez  quilômetros  de  distância.  Não  lhe  apetecia verdadeiramente  fazer aquilo, mas ao mesmo  tempo apetecia-lhe. Alguma coisa em si sabia que  aquilo  era  épico,  o momento mais  grandioso  que  jamais  viveria,  e  que  se  fizesse  isto nunca mais seria o mesmo. Você saltava. Que sensação! Tinha conseguido. E, na realidade, a
sua vida tinha mudado para sempre.

O mais  difícil  na  libertação  do  hábito  de mergulharmos  nos  nossos  problemas  permanentes (pois os problemas não passam disso… de hábitos) é forçarmo-nos a deixar partir com eles as preocupações. Desta forma, não é preciso mudar as coisas; basta de estar concentrado nelas!

É difícil? Sim! Pode ser  feito? Pode apostar!!! Mas  tem de haver um ponto de partida, e esse ponto de partida é a decisão de mudar, seja como for, o objeto da sua atenção. Depois, vem o ato em si, mudar sua atenção para outra coisa mais agradável para que  possa mudar a sua energia. É impossível resolver um problema, na mesma freqüência em que ele foi criado, por isso  vem  de  decidir  que,  enquanto  estiver  consigo,  esse  problema  não  mais  será  o  objeto central de atenção na sua vida.

É como quando se corta  ligeiramente um dedo; você sabe que o corte está lá e é claro que lhe dói quando pensa nele, mas não deixa que ele governe o seu dia-a-dia. Você acredita que ele vai sarar e desaparece logo, é isso que acontece.

Nunca  esqueça,  o mais  importante  para  mudar  uma  condição  indesejável  é  simplesmente saber: você não tem de a mudar; você só tem de parar de pensar nela! Basta ter essa vontade de dar o salto.
Truque nº 1. Mude a Atenção. Imediatamente!

No momento  em  que  der  conta  que  está  concentrado  numa  condição  que  põe  o motor  das suas  preocupações  (ou  da  censura,  ou  da  culpa,  etc.)  a  trabalhar,  arranje  outra  coisa, qualquer coisa em que pensar, que o faça sentir-se melhor, por pouco que seja, do que está no momento presente. E arranje-a imediatamente!

Pense em vez disso na pessoa com quem partilha a vida (se tem uma relação boa), ou na sua casa, numa canção, no seu cãozinho, na sua nova paixão, num sorvete de chocolate, em fazer amor, nas  férias que estão a chegar, nas suas férias passadas, num restaurante especial, no seu filho mais novo a dormir. Em QUALQUER coisa!!!

Force-se a fazer isto, mantendo-se assim até sentir que a sua disposição começa a mudar – o que significa que a sua energia já mudou, por mais ligeira que essa mudança seja.

Assim  que  muda  o  sentimento,  comece  a  falar  –  em  voz  alta –  sobre  aquilo  que  quer, (atenção, o que “quer”, não o que “não quer”) em lugar da condição não desejada.

Ao fazer isso, a sua atenção já não se encontra no condicionamento, agora é o motor das suas Intenções que  está  a  trabalhar,  e  sua  válvula  está  suficientemente  aberta  para  começar  a reviravolta.  E  pelo  amor  de  Deus,  não  interessa  que  o  seu  Querer  Substituto lhe  pareça impossível. Limite-se a pensar nele e esqueça “como” o vai conseguir.

Se não conseguir entrar no modo de sentir do seu Querer/Intenção, não se preocupe. Basta que  fique no  sentimento de qualquer novo  foco de atenção agradável durante o maximo de tempo  possível.  Quanto  mais  tempo  (e  mais  frequentemente)  conseguir  manter-se  nessa freqüência  alta,  mais  depressa  a  sua  condição  indesejável  começará  a  dissipar-se.
Inversamente, quanto mais  retiver  sua atenção naquilo que o está a perturbar, mais  tempo isso durará.

Truque nº 2. Afaste-a com meiguice. Imediatamente!

Quando não for capaz de desviar a atenção da condição, comece a tranqüilizar-se a si próprio,em voz alta, como uma mãe ou um pai carinhoso  faria ao seu bebê.

Diga a si próprio  todas aquelas coisas reconfortantes que uma criança gostaria de ouvir: que vai correr tudo bem, que as coisas estão prestes a mudar, que você sempre esteve e estará em segurança, que não tem que ter medo de nada.

Continue a dizer palavras meigas o tempo que for preciso para sentir aquela pequena mudança a acontecer, e começar a sentir a sua resistência às energias mais altas a recuar. Você está a relaxar até ao bem-estar, a sua  resistência à energia vital da sua origem está a diminuir, e você  está  a  sossegar.  Fique  assim  o  tempo  que  conseguir,  com  a  sua  atenção  longe  da condição perturbadora.

Truque nº 3. Afaste-a com palavras firmes. Imediatamente!

Refiro-me a uma conversa sem papas na língua… Em voz alta… Para si próprio, cara a cara.
Mas eis o truque: tem de ser duro consigo, sem te deixar pra baixo. Nunca, nunca, nunca se deixe  pra  baixo  quando  descobrir  que  a  sua  atenção  está  centrada  numa  condição  não desejada.

Aquilo que você precisa aqui é de uma argumentação firme, baseada o senso comum, em que aponte a si próprio com firmeza o que sucederá se continuar a concentrar – e a preocupar-se – com  a  condição.  Depois  diga  a  si mesmo,  como  se  nada  fosse,  o  que  acontecerá  quando afastar a sua atenção e mudar a sua vibração.

“Presta atenção, Charlie, meteste-te nesta  trapalhada, e vais encontrar uma maneira de sair  dela.  Mas,  se  continuares  com  esta  disposição  a  remoeres  isso  o  dia  inteiro,  sabes  que  a situação só pode piorar. Por isso, pára de te lamentares e arranja uma patetice qualquer que te faça sentir bem. Está bem, eu sei que não te apetece sentir bem nesse momento, mas…”

Que interessa que você acredita ou não? Faça de conta até sentir a mudança de sentimentos ter um “alívio”, aquela transformação sutil da sua energia.

Esta é uma abordagem baseada na lógica inflexível. Embora eu a use regularmente e ela me faça sentir melhor, normalmente chego à conclusão de que tenho de saltar deste para um dos outros truques de forma a obter mais daquela sensação de sossego, e sentir o motor do bem-estar a trabalhar a todo o vapor. Mas isso é o que acontece comigo. Qualquer que seja a sua maneira, avance!

Truque nº 4. Faça algo divertido. Imediatamente!

Ponha o corpo a mexer! Vá dar um passeio, vá polir o carro, escove o gato, compre uma roupa nova, faça um bolo, jogue pôquer, pode as flores, vá ao cinema, o que quer que o entusiasme e desvie a sua atenção da condição, enfraquecendo a sua resistência ao fluxo de energia mais elevada.

Assim  que  sentir  a mudança  ter  lugar,  comece  a  falar  alto,  suavemente  ao  princípio,  sobre aquilo que deseja para substituir a condição indesejável.

Com  todos  esses  truques,  tenha  presente  aquela  velha máxima  que  “para  o  ser,  tem  de  o parecer”. Quer mude a concentração, quer se console com palavras meigas, quer tenha uma conversa  séria,  quer  procure  se  divertir,  ou  faça  de  conta,  o  importante  é  que  o  faça  no momento em que se aperceber que a sua atenção está concentrada na condição indesejável, e  se mantenha  assim  até  sentir  os  seus  sentimentos  darem uma  reviravolta.  Isso  começará com certeza!

As Condições Não Significam Nada

Assim que retirar sua atenção da condição e sua válvula enferrujada começar a abrir-se, você está pronto para dar espaço ao seu querer e para se entusiasmar com isso.

A  mudança  de  atenção  é:  Para  longe  do  momento  presente  desagradável,  na  direção  do querer agradável.

Se  inicialmente não conseguir chamar a si mais do que um  ligeiro bem-estar em  relação ao seu querer, não está mal. Quando chegar ao ponto em que consiga ter sua válvula aberta 20 por  cento  do  tempo  por  se  concentrar no  seu querer,  então  pode  celebrar! Você  estará no caminho  certo,  o  que  é  bem melhor  do  que  vibrar  100%  do  tempo  nos  resultados  de  quão terríveis  as  “coisas  são”. Passo a passo  (como  dizia  um  amigo  húngaro),  esse  enorme pedaço de energia que  criara a  condição está a  ser afastado e  substituído por  vibrações de válvula aberta de sua energia original.

Em pouco  tempo você estará perto de vibrar em partes  iguais: 50% da condição antiga e 50% de algo mais agradável. Agora você está a começar verdadeiramente a assumir o controle de sua vida; pequenos sinais de mudança que deseja começarão a surgir por todo o lado.

Ah, mas o mais  verdadeiro divertimento  começa quando  chegar ao ponto em que muda de energias num abrir e fechar de olhos, no instante em que se apercebe de que está com uma concentração negativa. Agora, você já saltou para os sessenta/quarenta (60% de frequências mais  elevadas,  40%  de  frequências  normais),  e  finalmente  chegará  aos  setenta/trinta,  ou mesmo  aos  80/20.  Nessa  altura,  você  verá  desfilarem  perante  os  seus  olhos  novos acontecimentos, novas pessoas, novas circunstâncias que entrarão em sua vida como que por magia, um após outro, criando as novas ocorrências que você desejava tão profundamente.   Nada mal para algo que se consegue através do simples bem-estar.

Lembre-se, o  tempo que o seu querer levar a tornar-se realidade está diretamente relacionado com a rapidez (e a continuidade) com que você DESLIGA a sua atenção daquilo que o mantém numa vibração negativa, e a LIGA àquilo que pretende atingir.

Por mais terrível que a sua condição lhe possa parecer no momento, ela não está colada a si para  sempre.  Você  só  tem  de  decidir  o  que  quer  que  substitua  o  seu  problema,  e  depois providenciar a frequência de bem-estar que fará isso acontecer.

E por  favor! Se está perante uma montanha de problemas, não se  torture e não  tente  fazer frente  a  todos  eles  ao  mesmo  tempo,  procurando  projetar  uma  série  de quereres inacreditáveis.  Todos  nos  metemos  em  variadas  trapalhadas,  e  depois  de muita  prática  a controlar o fluir de energia, todos nós nos podemos livrar delas. É garantido!

Repita  consigo  mesmo  que  fará  tudo  o  que  puder  para  encontrarmanter qualquer quantidade de energia de bem-estar. E lembre-se, o único poder que as condições presentes têm sobre nós é o poder que nós lhe dermos. É nessas alturas que nos sentimos encurralados, e para ser franca, é isso que estamos.

Mas nenhuma circunstancia está fora do nosso controle. O que se passa no seu mundo neste momento  não  quer  dizer  nada.  É  apenas  uma  consequência,  não  passa  disso.  Por  mais inflexíveis que as condições pareçam ser, você pode sempre  fluir energia de bem-estar – até mesmo  energia  de  “melhor-estar”  –  em  seu  redor  para  que  elas mudem.  Se  souber  que  é assim no mais fundo de si, o resto da história será um piquenique.

Lynn Grabhorn, Com licença, sua vida está esperando. pp.57 a 61. Tradução de João Francisco Carvalhais. Revisão de Flávia Criss, Mai/2010.

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