O sofrimento ao longo das experiências de outras vidas aflora em predisposições, atrações, paixões (tanto positivas como negativas), compatibilidades e resistências espontâneas. Algumas crianças têm lembranças que chegam espontaneamente, em especial antes dos quatro ou cinco anos de idade. Depois disso, as impressões desta vida e suas exigências assumem o comando.
As crianças podem ser muito realistas a respeito de tudo isso. Conheci um garotinho de três anos que disse casualmente à mãe: “Eu matei o papai, e estou contente por ter feito isso.” Ocupada com o jantar, a mãe o afastou com um “Não seja bobo, você ama o seu pai”. Mas ela começou a prestar mais atenção quando ele retrucou: “Não foi agora, mamãe. Foi antes. Você se lembra, nós morávamos na Califórnia e o papai era aquele homem mau do México, e ele estava tentando machucar você. Eu dei um tiro nele e fico feliz por ter feito isso.” Não é difícil imaginar por que os três estão juntos outra vez.
Outra amiguinha que eu tenho, também com três anos de idade, exprimiu algo sobre o desafio dos relacionamentos quando gritou brava para a mãe: “Eu gostava mais quando eu era a mãe e você, a filha!”
Acho que as crianças desfazem as lembranças conscientes por duas razões, embora o conhecimento integrado esteja sempre lá. Em primeiro lugar, as crianças precisam focalizar as lições e oportunidades desta vida. Um dos controles que embutimos no equipamento mediúnico saudável é uma válvula de segurança que gosta, as velhas idéias do eu serão desafiadas quando procurarmos o autoconhecimento. Quer ele chegue tranqüilamente, quer nos ponha a nocaute, qualquer desafio às nossas velhas formas, às nossas velhas crenças, assinala para nós que a mudança consciente está avançando.
As 7 Etapas de Uma Transformação Social, p. 113
Foto: Antonio Perez Rio