Sente-se tranqüilamente num lugar onde não possa ser perturbado. Faça quinze ou vinte respirações lentas e iguais — respirações que penetram no fundo do seu abdômen. Faça sua mente pensar na respiração. Quando você for capaz de observar sua respiração, entrando e saindo várias vezes em seguida, dê o próximo passo.
Mentalmente, visualize-se sentado na sua própria testa, bem entre as sobrancelhas. Você pode se imaginar envolto em um manto, na posição de lótus da hatha yoga, ou qualquer outra coisa confortável. Nessa posição, você passa a ser o que observa. Note todos os pontos de tensão do seu corpo. Quando encontrá-los, envie as próximas respirações para esses pontos. Contraia e depois relaxe todos os seus músculos. Faça isso mais vezes — um músculo fica mais relaxado depois de ser contraído. Agora, como observador, note o que suas emoções estão fazendo. Se você descobriu energias tensas — medo, raiva, inveja, coisas do gênero — então faça uso da respiração para liberá-las. Quando expirar, veja essas energias negativas sopradas para fora. Se for útil atribuir-lhes uma nova cor, use o cinza para o medo, o vermelho para a raiva, o verde bilioso para a inveja e assim por diante. Ao inspirar, absorva Luz para dentro de suas emoções e relaxe.
Dessa posição de observador, note os pensamentos dardejando em torno da sua cabeça. Não tente resistir a eles. Simplesmente, tome a decisão de não ir atrás deles. Com muita docilidade, observe os pensamentos irem e virem. Se algum deles exigir permanentemente a sua atenção, mande-o embora delicadamente através da expiração e dirija a atenção de volta ao ato de se observar respirando. Quando o próximo pensamento vier, faça a mesma coisa. Parte do sucesso desse exercício consiste em não combater os pensamentos, mas em ser gentil, atento e claro em suas intenções. Em seguida, imagine que há minúsculos buracos em seus dedos e que eles são drenos para tudo o que está rígido e tenso. Apenas deixe que tudo isso flua para fora. Utilize a sua expiração para se esvaziar. Quando isso for completado, tape novamente os buracos e comece a utilizar a inspiração para se encher de Luz pura.
Quando o processo estiver completo, simplesmente descanse por algum tempo em seus corpos físico, mental e emocional, ciente de que você não é nenhum desses veículos, mas sim, o ser descontraído que está no comando deles.
As 7 Etapas de Uma Transformação Consciente, p. 149
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