Você gosta de jiló? Ou de fígado? Talvez você adore, odeie ou seja indiferente ao sabor desses alimentos. Talvez conheça alguém diferente de você, se não nesses, em outros alimentos.
Você provavelmente não tem medo de escuro, pelo menos não da maioria deles. Mas há pessoas que têm. Há também pessoas que têm medo de altura ou fobia de barata. Há pessoas que têm mais iniciativa, e outras menos. Outras têm mais iniciativa sob certas condições. Há pessoas mais obedientes e outras mais rebeldes, mais ou menos sensíveis à forma de falar, mais ou menos persistentes, mais ou menos afetuosas, mais ou menos corajosas.
Enfim, somos diferentes. E o que nos torna diferentes? O que faz com que duas pessoas, diante da mesma situação, ajam ou reajam de maneiras completamente diferentes? A resposta para todas essas perguntas tem a ver com o fato de sermos seres inteligentes. Sendo inteligentes, percebemos o mundo e guardamos nossas experiências para usar depois. Sendo inteligentes, temos objetivos, dos quais precisamos nos lembrar. E sendo inteligentes, aplicamos nossa experiência para elaborar e escolher os comportamentos que acreditamos que vão nos conduzir aos objetivos.
É preciso haver uma forma de representação interna da nossa experiência e dos nossos objetivos, de forma a podermos referenciá-los quando quisermos e definir as estratégias. Nossas representações devem responder, por exemplo: como sei qual é o estado atual das coisas? Como sei o que tomei no café da manhã de ontem? Como sei o quero fazer de diferente no mundo? Qual é a melhor estratégia para atingir meus objetivos? O que vou fazer a seguir? Bandler e Grinder (1975) expressaram esse fato assim:
“Nós como seres humanos não operamos diretamente no mundo. Cada um de nós cria uma representação do mundo em que vivemos – isto é, criamos um mapa ou modelo que usamos para gerar nosso comportamento. Nossa representação do mundo determina em grande escala o que será nossa experiência do mesmo, como
perceberemos o mundo, que escolhas teremos à disposição enquanto nele vivermos”.
Percebemos o mundo através dos sentidos: vemos, ouvimos, sentimos, provamos, cheiramos.
É natural que nossas representações do mundo percebido também usem esses canais sensoriais. Os mapas com que representamos internamente o mundo usam esses mesmos canais representacionais.
Um outro canal usado para representar o mundo é o lingüístico. Podemos usar a linguagem, por exemplo, para coisas concretas (cachorro, pedra), abstrações (paz, harmonia), para representar coisas e ações em cada canal (ver/amarelo, ouvir/rangido, dor/sentir, provar/ácido, cheirar/fétido).
Atividade 10 – Contato com o mundo interior
Alguns dos nossos mapas dizem respeito ao contexto imediato. Faça isto por 30 segundos: de olhos
fechados, note o que você “sabe” que está presente no contexto imediato: móveis, quadros, cores, sons.
Atividade 11 – Canais de representação
Acesse as representações pedidas em cada item:
a) Imagine um copo com a sua bebida favorita.
b) Imagine-se dizendo: “Parece gostoso!”
c) Imagine-se pegando o copo.
d) Imagine-se aproximando a xícara do nariz e o cheiro penetrando pelo seu nariz.
e) Imagine-se tomando um golinho e fazendo “Hmmm!!” .
Retirado de Como Expandir Sua Inteligência. Apostila motivacional.p.11