Os conselhos de teu interior referentes a teu caminho e direção futuros costumam vir quando estás tranquilo e reflexivo e realizas atividades que te abstraem de teu nível de consciência normal.
Estes conselhos teriam a forma de um pensamento, sentimento, imagem ou inspiração sobre o que gostarias de estar fazendo. Poderiam aparecer e crescer a cada vez que estás tranquilo. Podes desenvolver este tipo de conselhos dedicando mais tempo à tranquilidade, relaxamento e reflexão a respeito de tua vida. Também as atividades atléticas ou criativas podem desencadear este tipo de intuição. Poderias ter inesperadas intuições enquanto pintas, desenhas, tocas ou crias música, corres ou nadas. Atua segundo estes conselhos; se evitas constantemente os conselhos percebidos, ser-te-á a cada vez mais difícil ouvir ou reconhecer os que virão no futuro.
Quando te ocorra uma ideia, não a analises demasiado te perguntando “Vai esta ideia criar um novo caminho para mim, será benéfica, vai me manter pelo resto de minha vida?” As ideias são como sementes: quando acabam de brotar, normalmente não se sabe que forma terão quando crescerem. Simplesmente segue teus impulsos alegres e tuas ideias adotarão as formas que melhor te servirão.
Estou sempre no lugar adequado e no momento adequado
O tipo de conselho interior que te ajuda a estar no lugar adequado no momento adequado supõe teu conhecimento de teus pensamentos normais e a atenção prestada aos que são diferentes.
Por exemplo, costumas seguir um itinerario determinado quando vais ao trabalho de carro mas, em um dia, te ocorre seguir outro. Talvez tenhas tido este impulso com anterioridade mas, nesta ocasião, reconheces uma sensação de urgência nele. Desvias-te por este outro percurso e, enquanto diriges, escutas na rádio que houve um acidente em tua rota habitual. Aqueles pensamentos que provêm de teu guia superior terão uma qualidade ou sensação sutilmente diferente. Podes aprender a distinguir entre teus conselhos interiores e os que não o são atuando segundo estes sentimentos e pensamentos sutis e vais observando os resultados.
Outro exemplo: desejas comprar um artigo determinado mas não foi possível o encontrar. Tens passado vários dias ligando e indo a lojas, mas sem resultado. Um dia, surge em tua mente a imagem de certa loja e a urgência de visitá-la ainda que normalmente não compres ali. Atendes a esta urgência inusual e vais à loja. O artigo que tens procurado acaba de chegar e o podes comprar. Pensando nele, dá-se conta de que não teve urgência real nem imagem que te induzisse a visitar as lojas anteriormente procuradas. Foste-te às compras porque esperavas encontrar o que querias, ignorando o fato de que teus sentimentos e tuas imagens mentais não te conduziam a essas lojas.
Em ocasiões, é melhor esperar e não atuar até que um pensamento, sentimento ou imagem te indique a ação a empreender. Esperando esta indicação com respeito à ação a tomar, eliminas trabalho desnecessário e ajuda-te a estar no lugar adequado no momento adequado, criando facilmente e sem esforço as coisas que desejas.
Pensa em algo que desejas. Ocorre-te alguma ação que, a empreendendo, vai te levar aonde queres ir? Pode tratar-se de algo muito singelo, como fazer um telefonema ou ir à loja usual quando queres comprar algo. Estás disposto a tomar esta ação? Decide quando. Se não recebes conselho algum neste momento aceita não atuar e seguir tua alegria passo a passo. Presta mais atenção que de costume a teus pensamentos sobre este objeto, de maneira que quando surjir uma imagem da ação a empreender, estejas consciente dela. Cada vez que pensares no que desejas, pare por um momento com tranquilidade para observar as imagens que se produzem com respeito à ação adequada.
Os impulsos de tua alma, as verdadeiras premonições de teus conselhos interiores, ocupam-se de coisas com as que já estás familiarizado, direta ou indiretamente. Estes impulsos dão-te tanto as ideias como o impulso para atuar. Se sentes a urgência de fazer algo do qual não sabes absolutamente nada, precisarias meses para o fazer adequadamente e não dispões de tanto tempo, provavelmente trata-se de um capricho passageiro e não de um conselho interior. As ações que impulsionam teus conselhos interiores serão os lógicos passos seguintes ao que estás a fazer ou serão passos que podes dar com teus conhecimentos atuais. Em ocasiões, sentirás a urgência de adquirir certa informação e, mais adiante, virão os conselhos referentes à ação a tomar de acordo com a informação adquirida. Raras vezes são estas direções urgentes; dá-se-te tempo suficiente para que as leves a cabo a um passo que te seja cômodo.
Um modo de desenvolver e escutar teus conselhos interiores consiste em olhar para os sucessos passados e perguntar-te “Quais eram meus sentimentos e pensamentos no momento de tomar aquela decisão e atuar?” Pensa em algo que compraste e que consideras uma compra excelente. Podes recordar como te sentiste a propósito de sua aquisição? Ainda que pudeste ter momentos de indecisão, talvez tivesse um “saber interior que te guiava. Se remontas a tuas decisões de gastar dinheiro em algo que não te serviu bem, provavelmente recordes que teu “sentido interior” era diferente de quando compraste algo satisfatório.
Se produz-se uma situação que não gostas, podes fazer uma retrospecção e examinar os sentimentos ou pensamentos que tiveste e que tratavam de guiar para uma direção diferente. Teu eu superior te está a enviar constantemente conselhos a respeito de como conseguir resultados da maneira mais singela e alegre possível. Esteja alerta para escutá-los. Desenvolve o costume de prestar muita atenção a teus pensamentos e sentimentos antes de atuar. Conhece tua forma de pensar e sentir habitual, para poder reconhecer as mudanças sutis. Fazendo-o, estarás mais alerta e terás maior consciência dos conselhos que recebes constantemente.
Extraído de “Como criar dinheiro”, por Sanaya Roman e Duane Packer. p. 31