Sim, Sim! Assim, Assim, Assim! (Segundo Passo)

Transpor a Barreira do Querer

Acabar com uma vida de privações programadas pode ser um tanto assustador, antes de mais nada, porque implica mudança. Mas temos de acabar com ela se quisermos ser criadores intencionais em  vez  de  criadores  acidentais.  E,  em  boa  verdade,  aprender  a  querer  produtivamente  (e descobrir  que  isso  é  bom) não  é  uma  tarefa assim  tão  complicada,  desde  que  aprendamos como querer, em vez de não querer.

Existem  três  tipos  básicos  de quereres,  cada  um  com  o  seu  objetivo  no  nosso  arquivo  de sonhos.

Quereres Verdadeiros

Em primeiro lugar surgem os Quereres Verdadeiros que vêm dos Não Quereres. “Não quero ir passar  férias na casa dos meus cunhados; em vez disso, quero…”  “Não quero viver mais viver aqui; em vez disso, quero…”

Esses são os mais fáceis. Basta virar a pagina a um Não Querer, e lá está o Querer Verdadeiro do outro lado.

Quereres Negativos

Depois vêm os Quereres Negativos, aqueles a que é preciso dar uma volta antes de podermos sair deles. Pode-se identificá-los pela forma como se sente, uma vez que nunca o fazem sentir-se bem, até que você mude a sua concentração.

“Quero  ficar  bem”  está  claramente  focalizado no  fato  de  não  estar  bem. Esse  é um Querer Negativo.  “Quero ser rico” apresenta a mesma dificuldade. Ambos  têm origem num  lugar de falta,  causando-nos  desconforto  pelo  simples  fato  de  que  não  temos  o  que  estamos  a expressar  querer.  Os  Quereres  Negativos são  sempre  Não  Quereres e,  pode  ser  difícil identificá-los se não estiver em sintonia com os seus sentimentos.

Se  você  está com  peso  a mais,  quer  emagrecer,  e  diz  com  a maior  das  inocências,  “Quero  ser  magro”, isso é um Querer Negativo e nunca, mas mesmo nunca se manifestará como uma leve sensação calorosa. Tem origem na angústia, na ânsia, no desejo fútil, tudo energias negativas.Tem origem numa necessidade que é medo e não um desejo que é excitação.

Naturalmente, você não desejaria uma coisa se a  tivesse, mas se toda a sua atenção estiver no fato de não a ter, ela nunca virá. Não pode, pois a sua atenção está na sua ausência.

Se o que quer – e a forma como o está a expressar – não o está a fazer sentir-se bem, trata-se  de um Querer Negativo,  e é  necessário  que  você  lhe  dê  a  volta  para que  se  torne uma intenção positiva, um desejo excitante.

Quereres Legítimos

Finalmente vem o terceiro tipo de querer, a que chamo Quereres Legítimos pela simples razão de nós termos direito aos nossos desejos, diga o que disser em contrário a nossa religião, ou os  nossos  pais,  ou  amigos,  ou  colegas  de  trabalho.  Temos  direito,  pela  simples  razão  de existirmos,  a  testar  as  nossas  capacidades  criativas  da  maneira  que  entendermos.  Temos direito a afastar da nossa vida, em qualquer altura,  todos os Não Quereres –  todos os Não Quereres – com um querer. E se nos agrada a nós, provavelmente agradará aos outros. Caso contrário…. bom, paciência.

Com os Quereres Legítimos, aceitamos o fato bem verdadeiro de que não é apenas apropriado e recomendável, é crucial que queiramos: seja o que  for… em qualquer parte… de qualquer maneira… em qualquer quantidade… sob qualquer forma… em qualquer grau… em qualquer altura que desejemos. Seja o que for! Seja o que for que exista na face da Terra, se essas coisas tirarem a nossa vida do marasmo, se nos tirarem da Mesma Terra, e se nos puserem a vibrar mais perto do canal de alegria do nosso verdadeiro Eu. Esta é a única  razão por que  temos quereres, para que nos sintamos bem quando os temos.

Sim, eu sei,  tudo  isto pode parecer  insensível,  frio e extremamente egoísta. Mas, por  favor,dê-me  o  benefício  da  dúvida  antes  de  tirar  conclusões  precipitadas,  e  verá  como  esta abordagem radical da vida também beneficiará profundamente os que o rodeiam e dependem de você.

Querer: A Necessidade da Vida

Eu digo-lhe: “Muito bem, o que é que quer?” E você diz-me: “Oh, isso é fácil. Quero dinheiro que  chegue  para  pagar  as  contas,  sustentar  os  filhos,  ter  uma  boa  casa  onde  viver,  uma profissão que eu goste, um parceiro adorável com quem partilhar tudo, e uma saúde de ferro. Também não me importava de ter um carro novo.”

Bem, é um começo, e não está mal. Mas não passa disso, de um começo! Na verdade, para a maioria das pessoas neste mundo, ter todas essas coisas maravilhosas seria parecido a viver no Paraíso! Mas para que possamos libertar esse poder a que chamamos paixão de uma forma que  nos  permita  viver  finalmentemais  próximos  da  freqüência  do  nosso  Eu  Natural  em profunda alegria, temos de ir além do óbvio… Muito além do óbvio!

Então, que mais? O que mais quer?

Sim, claro, os quereres mudam ao  longo dos anos. Provavelmente você  já passou a  fase em que queria um pônei no aniversário  (e pensando melhor…?), ou uma vistosa vara de pesca nova para ir ao mar das Caraíbas.E,  no  entanto,  existe  dentro  de  si  um  incrível  inventário  de  fantasias  há muito  esquecidas.

Quais são? Quanto tempo já passou desde que você ousou provar pela ultima vez os sabores excitantes ou incluir as suas aventuras exóticas nos seus devaneios?

Quais são os mais pequenos, os maiores, os mais antigos, os mais recentes, os seus desejos, ambições,  aspirações  mais  escondidos…aqueles  que  estão  tão  distantes,  que  parecem  tão impossíveis,  tão  fora  de  alcance,  que  você  nunca  ousou  sequer  dizê-los  em  voz  baixa…  a ninguém…  nem  mesmo  a  Deus?  Quais  são?  O  que  se  impediu  a  si  mesmo  de  querer?

Esse planeta não é a Mesma  Terra! Nós  estamos  aqui por  causa do  contraste. Nós  estamos aqui  para  aprender  a  manifestar  os  nossos  desejos.  Nós  estamos  aqui  para  aprender  a discernir e para cultivar esta estranha arte de querer, que equivale a manifestar.

Em  vez  disso,  ficamos  presos  nesta  técnica  sem  sentido  de  ir  colecionando  diligentemente coisas que não queremos.

Nós  estamos  aqui  para  aprender  a  criar  os  nossos  desejos,  realizar  os  nossos  sonhos, prosperar e levar esta experiência exótica chamada “vida corporal” até seu zênite.

Estamos  aqui  para  experimentar  as  coisas  boas  e  as  coisas más,  de  forma  que  possamos aprender a escolher o que gostamos em vez do que não gostamos.

Por isso, sonhe!

Tire os seus preciosos sonhos desse sótão apinhado, tire-lhes o pó com amor e carinho, e dê a cada um deles um olhar prolongado e intenso.

Esqueça que são demasiado improváveis.

Esqueça que são um caso perdido ou demasiado inimagináveis.

Esqueça que alguém vai pensar que você perdeu o juízo.

Esqueça que lhe podem chamar de egoísta.

Esqueça essas coisas!

Querer não é apenas um direito seu, mas é um requisito indispensável para uma vida feliz.

Você Merece, Sim Senhor.

Eis agora a grande novidade: você não precisa merecer o que quer que seja para obter os seus desejos. Não  tem de provar nada, nem testemunhar nada, nem demonstrar, nem passar por nenhum exame moral.

Não tem de explicar as suas razões, nem de arranjar desculpas para a família, ou para si, ou para Deus.

Não tem de ser nem um pouco mais digno, nem mais merecedor, nem inspirar mais confiança, nem ser mais íntegro do que já é.

Tem apenas de tomar uma decisão… Apenas uma… Que é ser feliz.

Mas você não começará a trilhar nesse caminho enquanto não permitir que os seus quereres –os seus sonhos, os seus desejos, as suas aspirações profundas – saiam do sótão, não apenas que espreitem pela fresta da porta, mas que saiam completamente!

Tal como um talento oculto que, consciente ou inconscientemente, você sabia ter mas que não se  sentia  confortável  para  trazer  ao  exterior, assim  que  aceite  o  fato  de  que  querer é uma parte  de  si,  e  de  que  não  há mal  nisso,  torna-se  divertido.  A  alegria  começa  a  fluir.  Você começa a vibrar de  forma diferente, pois quando está em alegria com a vida, você não vibra negativamente e não pode atrair negativamente, apenas positivamente.

Quando está em alegria com a vida, é impossível que sinta insegurança, vergonha, demérito,culpa, ou qualquer tipo de inferioridade, pois não está a vibrar dessa forma. Não pode sentir nenhum tipo de carência. Nem a pode atrair.

A única coisa que  fará, à medida que vai libertando os seus quereres, é vibrar mais alegria,mais  abundância  e mais  liberdade  para  a  sua experiência. Um preço  bem  pequeno  a  pagar pelos sonhos, não lhe parece?

E não  faz diferença o que decida sonhar! Escolha o sonho porque ele o  faz  feliz, e vibra-lo para a sua vida. Sonhe o sonho da alegria, sonhe o sonho da  realização, sonhe o sonho da frivolidade, mas SONHE!

Ter desejosquerer – não é um pecado maior que respirar. Nunca mais pense que tem que justificar os  seus  quereres.  Não  o  faça!  Não  pode  dar  justificações,  ficar  na  defensiva,  ou racionalizar – ou seja, deixar tudo fluir negativo – e permanecer em contato com a sua energia essencial.

Não precisa de  se  justificar a nada, a ninguém, a nenhum poder ou autoridade  superior ou inferior por causa dos seus desejos. Não precisa seguramente de se  justificar perante Deus.Fazer  isso  é  virar  as  costas  à  sua  energia mais  elevada,  dessa  forma  negando própria existência,  o  seu  direito  divino  à  vida.  Ao  contrário  do  que  dizem  as  doutrinas  comuns, conquistar a felicidade é um direito sagrado à nascença.

Por isso, deixe-a levar, e sonhe. Já que é você quem cria a sua vida a cada momento de cada dia pela forma como pensa e vibra, pode bem criá-la da forma que quer que ela seja.

Lynn Grabhorn, Com licença, sua vida está esperando. pp. 40 a 44. Tradução de João Francisco Carvalhais. Revisão de Flávia Criss, Mai/2010.

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