Modelagem de estratégias

Tendo em vista nossos recursos cerebrais (nosso “hardware”) serem os mesmos, se alguém pode aprender a fazer algo, qualquer pessoa também pode. A chave para isto é descobrir e modelar os passos essenciais da estratégia usada por uma pessoa e instalá-la em outra.
Você pode modelar as estratégias de qualquer pessoa, fazendo as perguntas adequadas para extrair os passos essenciais. É bom levar em conta que há pessoas que não têm uma idéia precisa do que  fazem  (principalmente porque o  fazem  rápida e  insconscientemente),  até que você as   faça prestar atenção.  Por exemplo,  um executivo ao qual  perguntei  sobre como  tomava decisões,  sua primeira resposta foi “intuição e bom senso”. Continuei fazendo perguntas, para descobrir que ele tinha etapas, por exemplo, de projeção de conseqüências e se colocar no lugar das pessoas. Já uma professora   preparava   aulas   revendo   o   conteúdo   no   livro   e  montando   o   quadro   que   estaria
apresentando aos alunos. Para saber se estava bom, ela se colocava na posição de um aluno. Sobre como controlar as reações variando a luminosidade das lembranças, Bandler (1987) completa:
“Eu aprendi a fazer isto com pessoas que já o faziam. Uma mulher contou-me,  certa vez, que estava sempre alegre e que não deixava que nada a chateasse. Perguntei-lhe   como   conseguia   e   ela   disse:   ‘Quando   penso   em  algo   negativo,   simplesmente diminuo a luminosidade'”.
Há artigos e livros específicos de PNL sobre a modelagem de estratégias. Mas lembre-se de que você com certeza já imitou e modelou fisiologias e comportamentos desde quando era bebê, e já tem estratégias desenvolvidas nesse sentido!
Conforme o nível  de  segmentação em que observamos  ou descrevemos uma determinada estratégia,   podemos   abranger  maior   ou  menor   nível   de   detalhamento.  Uma  macro-estratégia compreende as etapas maiores  e mais gerais,  em um baixo nível  de segmentação.  Uma  micro-estratégia descreve detalhadamente os passos, em um alto nível de segmentação. Planejar em que cidades se vai passar em uma viagem é uma etapa de uma macro-estratégia; decidir o que vai fazer em cada uma também está no nível macro, embora em um nível maior de segmentação. Já a forma como a pessoa imagina as cidades caracteriza uma micro-estratégia. Ela visualiza imagens ou filmes em cores? As imagens são grandes ou nítidas? Uma macro-estratégia pode incorporar muitas micro-estratégias.
Estamos normalmente mais familiarizados com macro-estratégias: para cozinhar pratos, para estudar e outras. Micro-estratégias têm também uma série de aplicações. Por exemplo, na literatura de PNL está registrado o caso de uma “doente mental” que tinha pilhas de relatórios no hospital psiquiátrico. Richard Bandler (1987) descobriu que seu problema era que não sabia distinguir o que tinha imaginado do que tinha efetivamente percebido. Bandler ensinou-a a por uma moldura preta em tudo que imaginava; ao lembrar-se de algo,  se a imagem possuía a moldura preta, tinha sido imaginada. Com o tempo essa micro-estratégia se tornou inconsciente e automática.
Um critério para   se  saber  o grau de detalhamento mais  conveniente para  descrever  uma estratégia é baseado na utilidade e na aplicação. Algumas pessoas aplicam de imediato uma macro-estratégia, enquanto que para outras é preciso segmentar mais.
Robert B. Dilts modelou as estratégias de Einstein, Aristóteles, Disney, Tesla e outros gênios da humanidade, colocando-as  à disposição de qualquer  um na  série de  livros  A Estratégia da Genialidade. E usando-se técnicas de PNL, pode-se instalar uma estratégia rapidamente.
Por exemplo,  a macro-estratégia da genialidade de Walt  Disney (Dilts,  1998) consistia,  no nível de macro-estratégia, de três etapas: o Sonhador, o Realista e o Crítico. O Sonhador elaborava o resultado final desejado; o Realista era o encarregado de elaborar os planos para a construção, a materialização do sonho; e o Crítico garantia a qualidade de tudo
Disney executava cada processo em separado dos outros, inclusive com salas distintas para cada   um.  Cada   papel   tinha   toda   a   liberdade   para   trabalhar   sem  interferências   dos   demais.  O sonhador, após elaborar seu sonho, o passava ao realista, que por sua vez passava os planos para o crítico, que após destacar alguns aspectos retornava as idéias ao sonhador para o aperfeiçoamento, e assim por diante, até que todos estivessem satisfeitos. Os papéis são complementares: o sonhador sem o realista não consegue transformar idéias em algo concreto.  O crítico e o sonhador,  sem o realista, podem ficar em conflito constante. O sonhador e o realista podem criar, mas sem chegar a
um alto grau de qualidade sem o crítico. Cada função consiste em uma estratégia diferente, com micro-estratégias distintas. Isto envolvia, para Disney, inclusive posições corporais e jeitos de olhar diferentes.
A macro-estratégia de Disney e suas micro-estratégias são tema de um volume desta série.

Retirado de Como Expandir Sua Inteligência. Apostila motivacional.p.32

Deixe uma resposta

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s