Registramos várias idéias para aperfeiçoamento das suas próprias estratégias, algumas de aplicação mais geral, outras contextualizadas.
Posições perceptivas
Um dos mais sensacionais recursos do organismo humano é a capacidade de colocar a atenção em qualquer parte do mundo virtual interior, recurso chamado na PNL de posição perceptiva, e diretamente ligada à atenção. Se minha atenção está no momento presente e fecho os olhos, internamente vou ter disponível a representação do contexto imediato. Mas se quiser, posso fazer de conta que estou em outro lugar, outro ambiente, e outras coisas acontecendo. Assumir posições perceptivas diferentes é parte de várias boas estratégias. Um exemplo é o de uma professora, que como fechamento da preparação de aulas assumia a posição perceptiva de um aluno em classe.
Embora não tenha experiência de ator, suponho que uma estratégia de um bom ator é construir o personagem na mente e quando for atuar assumir a sua posição perceptiva.
Quando lembramos ou elaboramos uma imagem interna e nos vemos na imagem, dizemos que estamos dissociados. Já quando vivenciamos internamente uma experiência como se acontecendo, vendo com nossos próprios olhos e sentindo com nosso próprio corpo, estamos associados à experiência. Para você ter uma idéia melhor da importância dessa variável, leia o que Andreas e Faulkner [95] contam sobre o início da PNL:
“Quando Bandler e Grinder começaram a estudar pessoas com dificuldades variadas, observaram que todas as que sofriam de fobias pensavam no objeto de seu medo como se estivessem passando por aquela experiência no momento. Quando estudaram pessoas que já haviam se livrado de fobias, eles viram que todas elas agora pensavam nesta experiência de medo como se a tivessem vendo acontecer com outra pessoa, semelhante a observar um parque de diversões à distância. Com esta descoberta simples, mas profunda, Bandler e Grinder decidiram ensinar sistematicamente pessoas fóbicas a experimentarem seus medos como se estivessem
observando suas fobias acontecerem com uma outra pessoa à distância. As sensações fóbicas desapareceram instantaneamente”
Atividade 58 – Posições perceptivas
Escolha uma experiência prazerosa que vivenciou com alguém. Marque um ponto de início e outro para o final. Reveja a experiência, a partir dos pontos de vista:
a) Seu próprio.
b) Da outra pessoa.
c) De um observador neutro e imparcial.
Atividade 59 – Posições perceptivas 2
Faça o mesmo que acima para uma experiência medianamente desagradável.
Variadas
Atividade 60 – Refúgio/prazer
Quando em um estado sem recursos, pode ser necessário uma estabilização antes que possamos pensar em algo. Nesses casos, uma boa opção é concentrar a atenção em coisas externas do momento presente: o que você está vendo e ouvindo, o que está sentindo no corpo, onde é que não está sentindo. Faça isto por 5 segundos, depois por 15, 30 e 1 minuto.
Por acaso esta é uma etapa das estratégias de prazer em geral: se você está comendo algo, por exemplo, quanto mais perceber as sensações do presente, mais prazer sentirá.
Atividade 61 – Aquecimento para desenhar
Pegue uma folha em branco e faça alguns rabiscos, libere a imaginação, depois peça para todos que estiverem participando fazerem o mesmo, quando terminar esta primeira etapa, comece o exercício. Trace retas, círculos, o que achar necessário ligando um desenho ao outro, automaticamente, começam a surgir imagens, talvez conhecidas ou não, a partir de então, sua mente estará livre e você começará a desenhar coisas que nem imaginava conhecer.
Este é também um exercício de liberdade interior, que você pode usar em outros contextos.
Atividade 62 – Checklist
Toda boa estratégia deve ter alguma etapa de verificação do resultado obtido, para que saibamos se este é o desejado. Isto pode ser feito na forma de checklists (listas de verificação). Ensaie mentalmente você fazendo verificações nas seguintes situações:
a) Antes de enviar um e-mail. Não seja você a deixar aqueles erros de digitação.
b) Homens: após fazer a barba. Mulheres: após depilação. Não deixe pequenos pelos em cantos.
c) Após lavar a louça
d) Uma situação do seu dia-a-dia.
Atividade 63 – Definindo objetivos
Às vezes definimos objetivos de uma forma algo abstrata, que nem sempre podemos verificar se foram atingidos. Por exemplo, como é que você sabe quando está “feliz” ou “satisfeito”?. Se sabe, talvez verifique que pensa em comportamentos.
Uma das formas de se definir objetivos verificáveis é identificar comportamentos relacionados, como “estarei satisfeito se conseguir dedicar meia hora para treinar o ensaio mental” ou “ficarei feliz a cada dia que me dedicar durante o horário de trabalho a buscar o que planejado, reservando o resto do tempo para o que eu quiser”.
Identifique alguns comportamentos que para você estão associados a:
a) Prazer
b) Carinho
c) Amor em geral
d) Sentir-se amado
e) Você amar alguém
f) (Escolha)
Atividade 64 – Sorrindo naturalmente
Você já passou por alguém e foi cumprimentado com uma alegre sorriso de rosto inteiro? É um prazer, não?
Talvez você queira fazer o mesmo, mas sem correr o riso de parecer que está forçando. Isto pode ser fácil, usando-se uma estratégia de pensamento adequada. O segredo (ou pelo menos um deles) é o que você pensa logo que identifica a pessoa como conhecida. Sugestões para esse momento:
1) Lembre-se de experiências agradáveis que vivenciou com a pessoa. Já saíram juntas? Contaram piadas? Descobriram coisas em comum?
2) Pense em como a pessoa lhe tratou e cumprimentou em outras ocasiões. Algumas pessoas parecem sair por aí dispostas a tirar um sorriso de qualquer um que passe perto.
Se você tiver esse tipo de lembranças prazerosas, pode ter certeza, você sorrirá com todo o rosto, e não só com os dentes.
Pode-se questionar: não dá tempo de fazer isto. Procede. O ideal mesmo é fazer com a agilidade característica das coisas que fazemos bem, como falar. A solução para isto é o ensaio mental. Pratique algumas vezes na imaginação, com várias pessoas em situações variadas, criando experiências internas que vão lhe servir de referência na prática (faça uma vez agora para testar a estratégia!).
E se você não teve experiências prazerosas com uma pessoa específica, sugiro que você sorria para ela
apenas se seu objetivo for fazer expressões carrancudas se abrirem!
Atividade 65 – Estratégia para lembrar nomes
Entrei no táxi contando para uma pessoa como era uma técnica para lembrar nomes que tinha aprendido:
Antes que eu terminasse, o motorista surpreendentemente interrompeu a conversa, dizendo, enfático, que tinha aplicado a técnica e lembrara de um nome que há tempos estava querendo lembrar!
Às vezes penso que não há memorização, há apenas o lembrar. Pode-se até organizar conhecimentos de forma a facilitar sua recuperação, mas o que funciona mesmo é ter uma boa estratégia para o acesso. Para lembrar nomes, conheço duas:
1) Lembre-se de fatos variados sobre a pessoa cujo nome você quer lembrar. O que você sabe sobre ela? Que experiências viveu com ela?
2) Vá falando as letras do alfabeto, fazendo uma pausa em cada uma: A…B…C…
Em ambos os casos, não é preciso “tentar” lembrar, basta executar o procedimento e aguardar. Da última vez, combinei as duas para lembrar o nome de um garçom muito atencioso. Lembrei-me de outras vezes em que fui ao lugar e fui passando as letras: A…B…C…D…E…F…G…Gonzaga!
Retirado de Como Expandir Sua Inteligência. Apostila motivacional.p.45